Dicas para começar o ano com uma boa convivência no condomínio

Ano novo, vida nova. Mas e as brigas antigas, será que continuam? Que tal pegar essa energia boa do início do ano para facilitar a boa convivência no condomínio onde você mora e/ou administra? Confira algumas dicas a seguir. 

Como disse Georges Duhamel, “o homem é incapaz de viver só, e é incapaz também de viver em sociedade.” Logo, é esperado que problemas surjam onde a convivência é inevitável, o que não significa que não existam maneiras de impedi-los. 

É muito comum que, ao mudar de condomínio ou adentrar este universo pela primeira vez, pessoas sejam surpreendidas pela existência de regras, muitas vezes rígidas, acabando por infringí-las – nem sempre de modo intencional. 

Por outro lado, uma atitude aparentemente inofensiva pode causar grandes transtornos. Por exemplo: 

Imagine-se do trabalho após um dia extremamente cansativo. Tudo que você quer é tomar um banho e descansar no conforto de seu lar. Porém, o vizinho ao lado está dando uma festa e parece não se importar com o barulho do som e conversas altas. Uma situação, no mínimo, desagradável, não é mesmo?! 

Este é apenas um dentre os transtornos que acontecem diariamente e que se não forem bem administrados ou resolvidos podem gerar brigas sérias, impedindo as chances de uma boa convivência no condomínio. 

Viver bem em sociedade requer duas qualidades essenciais para que se estabeleça uma boa convivência: respeito e tolerância. 

Assim, para ter uma boa convivência no condomínio é essencial que você tenha respeito com o seu próximo, o que também significa respeito por si mesmo. Outro ponto indispensável é ser tolerante, saber respeitar seu próximo como ele é, bem como saber respeitar as diferenças, afinal, elas sempre vão existir. 

Quando se opta por viver em um condomínio, obrigatoriamente deverá ter essas duas qualidades, para que todos – até mesmo você – possam viver em harmonia. Vale então a velha máxima: “o seu direito acaba, quando começa o direito do outro”.

Ocorre que nem todos respeitam as regras estabelecidas para a boa convivência no condomínio, e é aí que entra a figura do síndico, que tem como principal função mediar situações conflitantes e otimizar a gestão de condôminos

Em resumo, a instauração e manutenção da política da boa convivência não tem um único responsável. Ela cabe tanto aos moradores quanto aos síndicos, sendo todos igualmente responsáveis por ela. 

Veja agora uma lista com 5 dicas fundamentais para que se estabeleça uma relação harmoniosa em um condomínio: 

1 – BARULHO 

  • Este é, provavelmente, o principal motivo de briga entre condôminos. E para não ser você o causador desse inconveniente, fique atento ao seguinte:
  • Lei do silêncio. Todo condomínio tem regras referentes ao barulho, seja ele proveniente de festas, obras e até máquina de lavar roupas, normalmente vigorando entre das 22h até às 8h. Para que não haja dúvidas, verifique o horário estabelecido no seu condomínio;
  • Evite andar com sandálias barulhentas (geralmente salto alto), que pode incomodar o vizinho de baixo. Bom senso é fundamental para a boa convivência no condomínio;
  •  Fique atento aos horários e volume do som, ainda que as festa aconteça no espaço reservado do condomínio.

2 – FUNCIONÁRIOS DO CONDOMÍNIO

  • Outro ponto que merece destaque é referente aos funcionários do condomínio, que trabalham para manter a organização, limpeza e ordem do local. 
  • Primeiro ponto, respeite-os acima de tudo. Nenhuma função, em ambiente algum, deve ser desmerecida em relação à outra. Logo, seja gentil e educado também com os funcionários do condomínio;
  • Dê bom dia, boa tarde, boa noite. Educação cabe em qualquer lugar e para qualquer pessoa.
  • Se um funcionário te fizer alguma cobrança, não bata boca ou discuta. Entenda que o mesmo apenas está seguindo ordens e cumprindo sua função no trabalho.
  • Lembre-se o funcionário é do condomínio não seu funcionário. 

3 – ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Não há como negar que os animais de estimação são graciosos e que alegram qualquer ambiente. Mas não podemos deixar de dizer que essas fofuras também causam muitos transtornos, principalmente se não estiverem no ambiente adequado.

  • Para evitar transtornos, verifique sempre as regras do condomínio. É lá que estará explícita a aceitação ou restrição à animais, bem como se existem raças específicas que ali podem residir. 
  • Pensando no bem-estar do animal, prefira sempre os de pequeno porte. Animais grandes e/ou com muita energia podem sentir-se estressados com a ausência de quintal, o que resulta em ansiedade, estresse e muitos latidos. 
  • Sempre se ater para as regras das focinheiras, e, quando estiver na companhia do seu melhor amigo, use o elevador de serviço.

4 – CONVIVER COM OS VIZINHOS 

Para ter uma boa convivência no condomínio e entre seus vizinhos:

  • Siga você as regras previstas e estabelecidas, e caso alguém não cumpra tente resolver de forma amigável.
  • Caso sua tentativa não surta efeito, reporte a queixa ao síndico, para que o mesmo seja o intermediador para sanar o problema.
  • Seja cordial com todos, sempre respeitando e tolerando algumas atitudes do próximo. 
  • Use sempre o bom senso e não aja com o outro da forma que gostaria que agissem com você. 

5 – ÁREAS COMUNS 

  • É importante lembrar que algumas áreas são comuns, ou seja, de acesso livre por todos que ali residem. Logo, estas devem ser cuidadas por todos que a utilizam. 
  • Após utilizar a academia, por exemplo, mantenha-a limpa e organizada, devolvendo itens para seus devidos lugares.
  • Fique atento quanto a possibilidade de terceiros utilizarem as áreas comuns dos moradores. Isso porque, em alguns condomínios, somente moradores podem usar academia, piscina, salão de jogos, entre outros. Caso o mesmo seja utilizado por visitantes, o morador responsável pode ser advertido e até mesmo ter de pagar multas por descumprimento das regras.

Para facilitar a boa convivência no condomínio, é fundamental que você conheça o estatuto do onde constam todas as regras, bem como os direitos e deveres que cada um deve ter. Contudo, nunca se esqueça que a educação e o bom senso independem de qualquer papel e devem sempre prevalecer dentro ou fora dos condomínios.

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